Justificativa mais que necessária.
“O que escrevo aqui são algumas palavras que ficaram no passado. Por um
descuido, ou sei lá o quê, não as disse a quem deveria. No dia 13 de janeiro de
2011, as encontrei. As reescrevo para recordar um grande amigo, um pouco de sua
história de vida.”
Querido
amigo, quando tentamos olhar a vida e suas possibilidades, deparamo-nos com
nossos medos, angústias, frustrações e sofrimentos. Somos divididos a menor
parte que se possa ter de esperança, e como se não fosse o bastante, às vezes,
multiplicam-se nossos receios e desesperos. Quanto mais buscamos respostas para
nossas vidas, menos conseguimos compreender que há razões que, talvez, nunca
compreenderemos, e só a fé poderá nos consolar, sendo, quando possível, a única
resposta. No mais desesperador dos prantos existe algo que nos remete a
essência da vida, levando-nos, caro amigo, ao momento em que despertamos para
ela - quando nascemos – até a hora em
que partimos. Falo de lagrimas. Algo tão expressivo durante a vida que nos
eleva, sendo tão comum na hora da morte. As lagrimas de alguém quando nasce,
são de alegria, de chegada. Quem nos dera evitá-las, as de partida, de um adeus
que se dá a alguém na vida. Não há nada melhor pra explicar as razões desse
estágio chamado vida e definir com precisão o quanto somos fracos de carne,
porém, fortes de espirito. Somos condicionalmente, assim. Cada lágrima traz em
si um milagre, da vida, quando nascemos, do amor, quando amamos e da morte,
quando partimos. Deus sabe até onde podemos ir, e com ele haveremos de chegar a
algum lugar. Se for preciso, ele irá até onde não podemos ir, lugares que
julgamos serem impossíveis de ser chegar. Isso, só para nos mostrar que a definição
da impossibilidade está na força, na fraqueza, fé, amor que temos, seja muito
ou pouco. Acredito que, o que realizamos é o possível; o que não conseguimos
realizar, é o impossível (exatamente como define seu significado). Assim,
prezado amigo, reconheço mais uma vez, que o impossível só Deus pode realizar,
e se ele não quiser, de certo há alguém que não mereceu esta dadiva.
Janeiro de 2011.
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